Você reconhece o afrofuturismo em Pantera Negra? Sabe do que se trata esse movimento cultural? No artigo de hoje você descobre!
De carros voadores a casas conectadas, de utopias a universos intergalácticos, o futuro pode ser imaginado de mil maneiras diferentes. Assim, na literatura, a ficção científica e a fantasia são os gêneros favoritos dos autores para imaginar cenários e realidades alternativas.
Nesse sentido, o objetivo é tentar responder a esta pergunta: como serão nossos estilos de vida em um futuro mais ou menos próximo? Mas, quando imaginamos o futuro, para além dos objetos, devemos também focar nos indivíduos e nas civilizações. O afro-futurismo mistura precisamente ficção científica e gênero fantástico com mitologias africanas.
No artigo de hoje, vamos entender um pouco mais sobre essa estética cultural e como ela tem se apresentado na literatura e no cinema, sobretudo nas HQs e filmes do Pantera Negra. Ficou interessado? Então, venha com a gente!
O que é Afrofuturismo?
O termo afrofuturismo foi cunhado pelo autor americano Mark Dery em 1993, no ensaio “Black to the Future”. Mas esse estilo surgiu muito antes. Aliás, as obras artísticas que se encaixam nesse gênero não servem apenas para conceber o mundo através da ficção fantástica, mas questionam o mundo como ele é hoje.
Desas forma, o estilo simboliza a esperança, tanto no passado quanto no presente, sendo o afro-futurismo como uma ferramenta que os afrodescendentes poderiam usar para imaginar um futuro melhor. Hoje, a cultura popular está vendo as histórias afrofuturistas virem à tona, e, então, percebemos o poder que elas têm.
O afrofuturismo em Pantera Negra
O mundo utópico e de alta tecnologia de Wakanda, em Pantera Negra, serviu de introdução ao gênero afrofuturista para muitas pessoas. Embora o filme se passe no presente, ele faz suposições sobre como pode ser um país africano, misturando elementos futuristas com crítica social.
Segundo o diretor do filme, Ryan Coogler, “T’Challa representa um africano não afetado pela colonização (…) Então o que queríamos era sacudir a representação que temos da diáspora… de africanos que não só sofreram colonização, mas também a pior forma de colonização que existe: a escravidão”.
O diretor procurou, portanto, criar um contraste entre a história ficcional de T’Challa e a dos afroamericanos da diáspora. Mas, esse choque descrito por Coogler não é a única pergunta que o filme faz.
Sobretudo, Pantera Negra pergunta ao seu público: e se todos em um país tivessem acesso igual à tecnologia? Se as mulheres fossem realmente iguais aos homens na sociedade? E que papel uma nação poderosa tem a desempenhar quando se trata de ajudar os outros?
Qual o impacto sociocultural da estética afrofuturista?
Quando os escritores, roteiristas e diretores de cinema se aventuram a fazer esse tipo de pergunta que indicamos acima, eles também nos fornecem soluções que podem ser aplicadas ao modo como vivemos hoje. Assim, o afrofuturismo não é apenas mais uma forma de contar uma história.
Em outras palavras, ele nos faz refletir e imaginar um mundo melhor do que o que existe atualmente. Afinal, se as histórias que contamos apresentarem um mundo justo e igualitário para todos – o mundo de amanhã – certamente todos seremos mais inspirados a tornar este ideal uma realidade.
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E você, já assistiu aos filmes do Pantera Negra? Ou, quem sabe, leu as HQs? Então não deixe de conhecer essa obra e, se puder, dê um pulinho no cinema para conferir “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”.
Além de ser um filme do universo cinematográfico Marvel, a estética afrofuturista está presente em cada detalhe, do roteiro ao figurino! Não perca a chance de assistir nos telões dos melhores cinemas.
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