Durante as décadas de 1970, 80 e 90, os alunos de escolas dos quatro cantos do Brasil tiveram contato, de alguma maneira, com os volumes da Coleção Vaga-Lume: uma série de livros infantis e juvenis que fizeram história. Foram mais de 100 livros lançados e relançados, com diversos formatos e releituras.
Desse modo, muitas pessoas foram marcadas pela história dessas obras e é comum encontrar quem teve sua porta de entrada para a literatura e o mundo fantástico dos livros por meio desses volumes. Por isso, no post de hoje iremos falar sobre essa icônica série! Então, vamos lá?
Coleção Vaga-lume: como o sucesso começou
Em 1973, a Editora Ática lançou a Coleção Vaga-Lume com mais de 100 títulos em seu catálogo. Separados em duas linhas, a Vaga-Lume e Vaga-Lume Jr., a coleção abrangia diversas faixas etárias, com alunos entre 10 e 20 anos. Assim, tinha livros para todos os gostos!
Jiro Takahashi, o editor da série Vaga-Lume, mencionou em entrevista que a concepção da série aconteceu quando foi firmada a obrigatoriedade do ensino público da 1ª à 8ª série. Assim, abriu-se uma oportunidade para ampliar a oferta de livros de qualidade para serem utilizados como materiais de aprendizagem e estímulo a leitura.
Durante a década de 70, os títulos eram apenas obras já consagradas no mercado editorial brasileiro. No entanto, no decorrer dos anos, a editora ofereceu a oportunidade para novas escritores terem seus espaços na coleção – com direito de publicação exclusivo da editora.
Os volumes da coleção
O processo de definição das obras publicadas acontecia da seguinte maneira: os professores indicavam livros para publicação; após um processo de análise, os autores eram convidados para escrever uma nova obra – inédita.
Entretanto, uma etapa inovadora para a época foi o envio de testes de interesse aos estudantes. Foi assim que surgiram clássicos como:
- O Gigante de Botas (1974), de Ofélia Fontes e Narbal Fontes, e
- O Escaravelho do Diabo (1974), de Lúcia Machado de Almeida, dentre outros.
- A Turma da Rua Quinze (1990), de Marçal Aquino
Até hoje, os volumes da Coleção Vaga Lume são um sucesso de vendas, apesar o último título inédito lançado tenha sido O Mestre dos Games (Afonso Machado) em 2008. Desde 2015, os títulos vêm sendo relançados com novo projeto gráfico, no entanto, copiando a capa principal.
Estima-se que a “A Ilha Perdida” (1973), de Maria José Dupré, tenha vendido mais de 2,2 milhões de exemplares. Até 2021, os mais 100 títulos acumularam a cifra de 8 milhões de volumes vendidos.
De fato, a coleção Vaga-Lume é atemporal e acompanha muitos colecionadores e leitores entusiastas até hoje. O sucesso deve-se a diversos fatores, entre eles, sem dúvida ao baixo custo das unidades da série, a variedade dos gêneros literários e a facilidade da leitura. Então, é uma ótima forma de desenvolver o hábito de leitura em crianças e adolescentes! Aproveite!
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