Em 1992, um tribunal condenou o serial killer americano Jeffrey Dahmer a 957 anos de prisão. Descubra a história real do assassino que chocou o mundo.
Se você está no planeta Terra, certamente ouviu falar sobre a nova série da Netflix, lançada no último dia 21/09. Repleta de controvérsias, a produção tem provocado emoções variadas nos espectadores em todo o mundo, despertando revolta, inclusive, nos familiares das vítimas do homem que ficou conhecido como “o canibal de Milwaukee”.
Embora sejam repugnantes, histórias como a de Jeffrey Dahmer, despertam a nossa curiosidade e, sem percebermos, estamos todos engajados em tentativas frustradas de entender a mente do cruel assassino. Provavelmente, nunca chegaremos a uma conclusão, mas isso não nos impede de tentar, não é mesmo?
Então, no artigo de hoje vamos investigar os principais elementos da personalidade de Jeffrey Dahmer e quais poderiam ser as motivações deste homem que se tornou um dos mais conhecidos serial killers de todos os tempos. Interessado? Vem com a gente!
Quem é Jeffrey Dahmer, o famoso “canibal de Milwaukee”
Jeffrey Dahmer, nascido em 21 de maio de 1960, é um serial killer que assassinou 17 pessoas entre 1978 e 1991. Seus crimes também incluem desmembramento, estupro e canibalismo. Sua terrível e violenta história está sendo contada na nova série de Ryan Murphy, que você pode conferir na Netflix. Mas, antes, confira aqui os principais elementos que podem explicar quem é Jeffrey Dahmer.
1. Quando criança, dissecava animais
Desde o nascimento, a vida de Jeffrey foi conturbada, pois sua mãe sofreu de depressão pós-parto. Mais tarde, após o garoto completar 8 anos, seus pais decidiram se mudar para Ohio, onde ele encontrou grandes dificuldades em interagir socialmente, tornando-se ainda mais retraído. Seus comportamentos estranhos não tardaram a aparecer, culminando em atividades consideradas macabras.
Nesse contexto, Jeffrey passou seus dias coletando os cadáveres de animais mortos para dissecá-los ou pregá-los em troncos de árvores. Com o passar dos anos, sua personalidade violenta foi se moldando, especialmente após o divórcio de seus pais, em 1977.
2. Alcoólatra desde a adolescência
Jeffrey Dahmer começou a beber durante a adolescência e constantemente carregava uma garrafa de álcool com ele. Rapidamente ele se tornou um alcoólatra, o que lhe causaria muitos problemas mais tarde, tornando sua vida ainda mais conturbada.
Após o jovem ter sido expulso da universidade devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, seu pai tentou ajudá-lo a se regenerar, forçando-o a ingressar no exército. Entretanto, as forças armadas também dispensaram Jeffrey devido a sua conduta inapropriada.
3. Primeiro assassinato aos 18 anos
Jeffrey Dahmer continuou bebendo sem limites. Foi detido pela polícia duas vezes, em 1982 e 1986, por embriaguez, ato libidinoso em público e perturbação da ordem. Em 26 de setembro de 1988, novamente ele foi preso por drogar e abusar sexualmente de uma criança de 13 anos, e sentenciado a cinco anos de prisão, mais um ano em regime semi-aberto.
Mas o que a polícia não sabia na época era que Jeffrey Dahmer já havia cometido outro crime gravíssimo em 1978, o assassinato de Stephen Hicks. Dentro de sua própria casa, o futuro serial killer, com apenas 18 anos na ocasião, utilizou um haltere de 5 kg para ferir fatalmente sua primeira vítima, cujo corpo ele dissecou, desmembrou e enterrou no quintal.
4. Assassinatos em série
Em 1987, Jeffrey Dahmer iniciou sua série de assassinatos, matando impulsivamente Steven Tuomi, um jovem de 26 anos. Nos dois anos seguintes, James Doxtator, 14, e Richard Guerrero, 22, foram suas vítimas. A partir de 1989, as vítimas de Jeffrey Dahmer passam a ter perfis cada vez mais parecidos.
Assim, entre 1990 e 1991, ele fará 7 novas vítimas, incluindo o trágico episódio envolvendo Konerak Sinthasomphone, um garoto de 14 anos. O que chama a atenção para esse caso, especificamente, é o fato de que Konerak conseguiu fugir de Dahmer e foi encontrado drogado e sangrando na rua.
Apesar de acionada, a polícia é convencida pelo agressor de que o rapaz tem 19 anos e que é seu namorado. Então, os dois agentes cometeram o erro ao permitir que Jeffrey leve Konerak, mesmo sob protestos das testemunhas. Na mesma noite, o adolescente foi morto e desmembrado por Dahmer.
5. Experimentos cruéis
Durante o verão de 1991, Jeffrey Dahmer matou alguém quase toda semana: Matt Turner em 30 de junho, Jeremiah Weinberger em 5 de julho, Oliver Lacy em 12 de julho e Joseph Brandehoft em 19 de julho, cuja cabeça ele decepou para manter na geladeira.
Nesses casos, violência de Jeffrey não se resumiu apenas a tirar a vida de suas vítimas, mas também envolveu experimentos quando os homens ainda estavam vivos, injetando neles água fervente ou ácido clorídrico na esperança, sendo ele, de transformá-los em zumbis. Extremamente cruel!!!
6. Canibalismo
Em 22 de julho de 1991, Jeffrey sequestrou e manteve em cativeiro aquele que seria o único a escapar dele com vida, Tracy Edwards. Após conseguir fugir, Tracy alertou a polícia sobre seu agressor.
Ao invadirem a casa de Dahmer, os policiais fazeram descobertas horríveis: cabeças e membros na geladeira, um coração no freezer, torsos em decomposição em tonéis de ácidos, crânios em gavetas e esqueletos em armários. Foram encontrados ainda fortes indícios de que o serial killer também era um canibal, fato que o próprio confessou posteriormente.
7. Assassino assassinado
Finalmente, em 1992, a justiça condenou Jeffrey Dahmer a 957 anos de prisão pelo assassinato de 17 pessoas. Entretanto, ele compriu apenas dois anos de sua pena, pois em 1994 foi golpeado, por um companheiro de prisão, Christopher Scarver, com o mesmo objeto com o qual cometeu seu primeiro assassinato, um halter.
Mais de vinte anos após matar o serial killer na cadeia, Christopher Scarver revelou para o jornal New York Post o que o motivou: Jeffrey Dahmer moldava membros decepados com comida da prisão para insultar os outros presos, usando ketchup para simular sangue. Christopher também disse que acreditava que Dahmer não se arrependia de seus crimes e isso incomodava a todos ao redor.
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De fato, as circunstâncias dos crimes cometidos pelo “canibal de Milwaukee” de tornaram-se objeto de muita polêmica. Alguns argumentam que o fato de Dahmer ter evitado ser preso por tanto tempo, apesar de ter feito tantas vítimas, mostra que a polícia dá pouca prioridade à investigação do desaparecimento de vítimas de minorias raciais ou pessoas LGBTQIAP+, o que, infelizmente, continua a acontecer.
E você, o que acha de séries e livros que contam histórias reais de crimes? Já assistiu ou pretende assistir aos 10 episódios já disponíveis na Netflix? Conta pra gente nos comentários!
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