O nordeste é composto por nove estados, cada um deles com a sua beleza natural estonteante, cultura enriquecedora e identidade única. Muitos autores e escritoras narram sobre os costumes, a construção histórica, os hábitos dessa região apaixonante do Brasil.
José de Alencar é um expoente do Ceará, escritor de obras como “O Guarani” e “Iracema”. Graciliano Ramos é alagoano, no entanto, viveu os primeiros anos de sua infância migrando para diversas cidades nordestinas, experiências presentes em suas obras.
Izabel Nascimento nasceu em Aracaju e sua obra traz elementos das culturas sergipana e pernambucana. O mesmo acontece com Mariane Bigio, cordelista de Recife.
Contudo, quando falamos sobre a Bahia, um nome se sobressai a mente: Jorge Amado. É sobre a sua importância na disseminação da cultura nordestina, em especial do Sul do Estado, que vamos conversar aqui neste texto! Então, bora lá?
Conheça sobre a cultura nordestina em Jorge Amado
Jorge Amado nasceu em uma fazenda em Itabuna, no Sul da Bahia. Logo nos seus primeiros anos de vida, sua família migrou para Ilhéus devido um surto de varíola e de gripe espanhola na região.
Foi na região de produção de cacau que o autor passou a infância, por isso, essa temática está tão presente nos seus romances. Assim, quando adolescente, frequentou a vida literária, em Salvador e foi um dos fundadores da “Academia dos Rebeldes” – um grupo de jovens importantes para a renovação da literatura baiana.
As fases literárias de Jorge Amado
Suas obras são divididas em duas fases distintas: a primeira de cunho social e político, presentes em livros como “O País do Carnaval”, “Cacau”, “Suor”, “Jubiabá”, “Capitães de Areia” e “Os Subterrâneos da Liberdade”.
Todavia, a segunda possui um aspecto mais regionalista, presentes nos clássicos “Gabriela, Cravo e Canela”, “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, “Tenda dos milagres”, “Tereza Batista cansada de guerra” e “Tieta do Agreste”.
Não apenas na fase regionalista, mas também na fase política, a cultura nordestina sempre esta presente nos livros de Jorge Amado.
Por isso, juntamente com Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, José Américo de Almeida, José Lins do Rego e Graciliano Ramos, Jorge Amado foi um dos autores representativos do movimento chamado modernismo regionalista.
Essa é a cultura nordestina na obra de Jorge Amado! Um dos escritores brasileiros mais conhecidos, seus livros foram editados em 55 países e traduzidos para 49 idiomas. De fato, a obra da Jorge Amado é considerada uma das mais significativa da ficção brasileira moderna, principalmente, por apresentar raízes nacionais.
Afinal, nela, são tratadas temas sociais recorrentes no País, como injustiças sociais, o folclore, a política, as crenças, as tradições. Assim como a alegria, sensualidade e a energia não apenas no nordeste como do povo brasileiro.
Agora você conhece um pouco das inspirações de Jorge Amado para escrever, hora de mergulhar de cabeça em suas obras. Então, qual será? Algum título despertou seu interesse em especial? Seja como for, todos os livros de Jorge Amado contém elementos riquíssimos, portanto, aproveite a leitura!
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